que chita bacana sobre

Sobre que chita bacana
(2005)

A exposição Que Chita Bacana, que aconteceu no Sesc Belenzinho e depois foi exibida no Sesc Campinas, contava a história do tecido chita, desde a sua aparição na Índia, passando pela Europa até chegar ao Brasil, onde se tornou um tecido popular, de algodão, cuja principal característica é sua estampa floral, de cores fortes.

Na parte interna da exposição havia vários módulos, que abordavam a utilização da chita no artesanato popular, sua recuperação na moda atual, as festas populares e seus trajes de chita, os cilindros de impressão do tecido, um museu da fábrica de tecido com os carimbos, estampas e etiquetas utilizadas em sua confecção, além de um teatro mamulengo para crianças, um filme sobre a chita, uma exposição de fotografias, e uma oficina de trabalhos manuais.

Na parte externa havia grandes bonecos referentes à festa do Bumba-meu-Boi, onde aconteciam brincadeiras, dança e apresentações. Além dessas peças, foi criada uma loja com produtos feitos em chita.

Nosso trabalho foi o de projetar toda a sinalização e as peças gráficas impressas. O curador, Renato Imbroisi, assumiu em princípio um conceito baseado em alegorias e fantasias, sugerindo peças mais trabalhadas, utilizando cores e estampas do tecido. A arquiteta responsável pela montagem,
Janete Costa, preferiu uma interferência menos gritante, de modo que revimos vários itens de projeto como, por exemplo, as placas internas das várias sessões, que eram recortadas em formatos variados, ou imagens que acompanhavam textos de abertura de cada parte da exposição.

Mantiveram-se desenhados apenas os recortes das placas externas e algumas imagens de fundo de textos, além do folheto da exposição e convite, que são peças com faca especial, formando um objeto.

A exposição mostrou-se pouco adequada para deslocamentos: as diversas unidades (cinema, teatro etc.) e os bonecos da parte externa não foram projetados de forma modular, as peças gráficas tinham um custo muito alto para a quantidade e o público do Sesc e a manutenção (equipamentos de projeção, costureiras, etc) era muito cara. Por este motivo, o deslocamento da exposição se limitou ao Sesc Campinas.

Exposição no Sesc Belenzinho
curadoria Renato Imbroisi
projeto arquitetônico Janete Costa
projeto gráfico Ruth Klotzel
assistente Juliana Shiraiwa
produção gráfica Rogério Nicolau